CRVR Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos

Biometano Sul recebe de licença de operação

data: 9 de abril de 2025


A Biometano Sul, primeira planta de biometano em larga escala no Rio Grande do Sul, recebeu a Licença de Operação (LP) do Governador do Estado, Eduardo Leite, na manhã desta quarta-feira (09). A atividade ocorreu no Palácio Piratini com a presença do Diretor-Presidente da Biometano Sul, Leomyr Girondi, do Conselheiro da Arpoador, Roberto Faria, da secretária de Meio Ambiente, Marjorie Kauffmann, do presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Renato Chagas e do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo.

 

O empreendimento é resultado da sociedade entre o Grupo Solví, controladora da CRVR, e da Arpoador Energia. Com investimento de cerca de R$ 140 milhões, a planta terá capacidade instalada de gerar 66 mil m³ de gás natural, diariamente, o equivalente a 9200 mil botijões de gás de 13kg e fará parte do complexo de tecnologias de valorização de resíduos da CRVR.

 

O processo de geração deste gás iniciará no aterro sanitário da CRVR. A partir do biogás gerado na decomposição dos resíduos orgânicos, o gás será encaminhado para a planta da Biometano Sul, onde passará por processos de purificação. Esta é mais uma iniciativa sustentável que visa contribuir para o combate às mudanças climáticas a partir do uso de energias renováveis, pois o biometano é uma alternativa aos combustíveis fósseis para uso residencial, veicular e industrial.

 

Além de Minas do Leão, está em construção a segunda planta na Unidade de São Leopoldo. Com capacidade instalada de produzir em média 34 mil m³ diários, o investimento está próximo dos R$ 100 milhões. As duas plantas fazem parte do complexo de valorização de resíduos das Unidades da CRVR no Rio Grande do Sul – empresa que possui expertise no reaproveitamento de resíduos, como a geração de energia elétrica, o tratamento de efluentes líquidos e a triagem de resíduos.

 

O diretor-presidente da CRVR, Leomyr Girondi, destaca que a CRVR é a única empresa a possuir esse tipo de tecnologia — de produção de biometano a partir de aterros — no Rio Grande do Sul. “Estes projetos demonstram que podemos crescer de forma responsável, utilizando soluções inovadoras que respeitam o meio ambiente e contribuem diretamente para a qualidade de vida dos gaúchos”, complementa Leomyr Girondi.

 

O biometano na política de transição energética

 

O biometano é um gás renovável produzido a partir da purificação do biogás gerado pela decomposição de matérias orgânicas, como o lixo urbano que é destinado aos aterros sanitários. Com características e eficiência energética semelhantes ao gás natural fóssil, ele pode ser utilizado como combustível para veículos, aquecimento, geração de energia e processos industriais.

 

Ao lado do diesel verde e do combustível sustentável para a aviação, o biometano fecha a trinca do novo programa do governo federal de incentivo à transição energética — o Combustível do Futuro.

 

Inovação e pioneirismo na geração de energia em aterros

 

Desde 2015, a CRVR gera energia elétrica a partir do biogás dos aterros sanitários, com termelétricas que hoje estão instaladas em cinco de suas unidades no estado. A nova planta de biometano representa uma nova etapa dentro do ciclo de valorização dos resíduos da empresa, ampliando o uso do biogás para além da geração de eletricidade.

 

“Estamos na vanguarda da transformação de resíduos em recursos valiosos. O biometano é mais um salto tecnológico na nossa missão de criar soluções ambientais avançadas para a sociedade e os municípios gaúchos. É o futuro da energia e da gestão de resíduos nas cidades que está sendo construído agora”, conclui o diretor-presidente da CRVR.

 

A CRVR conta hoje com sete unidades no Rio Grande do Sul, nos municípios de Minas do Leão, São Leopoldo, Santa Maria, Capela de Santana, Giruá e Victor Graeff, além de um transbordo em Tramandaí. Com seu trabalho de destinação final e valorização de resíduos, a empresa atende cerca de 8,5 milhões de gaúchos.